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Título: Gente Melancolicamente Louca
Autor: Teresa Veiga
Editora: Tinta-da-China
Penso que nunca dei cinco estrelas a um livro de contos. Sou muito esquisita com este género literário, com a rapidez com que tudo se processa e com os fins, geralmente, abruptos. Tem de haver uma grande maestria do escritor para me encantar, algo que já é complexo de alcançar num só conto, o que fará num livro repleto deles. Apesar da minha dificuldade assumida com os contos, problema meu, acredito, tenho-me forçado a ler mais livros deste género, porque me fascina a arte associada à sua construção. Quero saber mais, quero estar mais ambientada a este mundo dos contos, e tenho a certeza que Gente Melancolicamente Louca foi uma escolha muito acertada.
Fiquei deveras fascinada com o talento de Teresa Veiga como contista, embora já suspeitasse que fosse muito boa. Adorei a sua escrita, elaborada e eloquente. Contudo, tal não foi suficiente para me perder de amores pelos vários contos que fui lendo, embora deva realçar que não houve um único que não tenha gostado de todo, o que raramente me acontece com livros de contos. Tal deve-se, sem dúvida, à forte componente feminina ao longo de todo o livro e à escrita irrepreensível de Teresa Veiga.
Os meus contos preferidos foram O dia em que Sherlock Holmes foi salvo pelo Capitão Fracasse e Natacha.
Por temperamento sou reservada e pouco sociável, no sentido em que me basto a mim própria e nunca senti necessidade de ter amigas que servissem de confidentes ou meras caixas-de-ressonância dos meus pensamentos e preocupações.
Pontuação: 3,5