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Este fim-de-semana aderi à Filmin, uma plataforma de video-on-demand dedicada exclusivamente ao cinema clássico, independente, e de autor, que chegou a Portugal, no dia 16 de Novembro. Tem um valor mensal de 6,95€, sendo que até 31 de Dezembro, o segundo mês de subscrição é grátis. Neste momento, tem um catálogo de 500 títulos de cinema independente de todo o mundo. Existem também novidades "premium" que não fazem parte da mensalidade, mas que ao fim de algum tempo ficam disponíveis para visualização sem custos adicionais. É o caso de Eis o Admirável Mundo em Rede, disponível para os subscritores a partir de 1 de Dezembro, que consegui ver sem ter de esperar graças ao passatempo que a Filmin promoveu via facebook, onde podíamos ganhar um código para ver o documentário sem mais demoras.
O realizador de Eis o Admirável Mundo em Rede (Lo and Behold, Reveries of the Connected World), Werner Herzog, guia-nos através de uma série de entrevistas e testemunhos pelo maravilhoso mundo da internet. É-nos dado a conhecer os seus primórdios, a sua evolução até aos nossos dias, os problemas que acarreta, o impacto que poderemos sofrer se um dia ficarmos sem ela, e o seu futuro, ligado sobretudo à robótica e à inteligência artificial. Herzog conduz as entrevistas e testemunhos de personalidades ligadas à tecnologia, mas também de pessoas comuns que, por algum motivo, têm algo a dizer sobre este tema, e, embora não fale muito, tem um fantástico sentido de humor. Este documentário é muito interessante, sem ser aborrecido ou demasiado técnico, sendo precioso nos dias de hoje, em que estamos tão ligados às redes sociais e a tudo o que está relacionado com a internet.
Os primórdios e a perspectiva futura da internet foram o que mais cativou neste documentário, assim como o testemunho de Kevin Mitnick, um famoso hacker dos anos 90, mas considero que todas as partes são importantes à sua maneira, formando um todo muito coeso.
Os pontos que considerei mais pertinentes foram quando se falou que a internet pode ser o principal inimigo do pensamento crítico, tendo em conta que dependemos (ou podemos vir a depender) dela para fazer e obter tudo, em vez de termos as nossas próprias ideias, bem como qual o impacto que esta poderá vir a ter nas relações interpessoais se, por exemplo, passarmos a comunicar exclusivamente com a internet (essencialmente através de robots ou inteligência artificial). Recomendo vivamente.